terça-feira, 2 de abril de 2024

Sou o Que Sou

 


Sou as palavras que sou


São de mim o que restará, além das memórias dos meus gestos a se dissiparem rápida ou lentamente em direção ao sempre.


Cresci entre montes de livros. Aos treze anos ganhei um diário encadernado em azula, com a palavra “Pensamentos”. Ali copiei poemas e me dediquei a grafar os sentimentos que me afligiam. Nunca mais parei.


Sonhei estudar literatura tornando-me poeta, mas a sobrevivência arremessou-me à deriva, a mares mais que distantes.  Trabalhei uma vida entre as mais variadas funções. Hoje me dedico especialmente as artes plásticas e auxílio voluntariamente na orientação artística e artesanais, não formal, para centros carentes.


Sou perseverante. Cruzei desertos e mares pintando e  escrevendo, apesar da auréola de silêncio.


Militão dos Santos


Recife, 20021


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